Especialista explica funções destes e de outros ativos derivados da vitamina A que auxiliam na recuperação da elasticidade da pele.
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Condicionador Labial Avon Renew |
*Por Liane Bender
A vitamina A, também conhecida como retinol, já é antiga conhecida da indústria cosmética. Produtos à base desse ativo melhoram a elasticidade da pele amenizando rugas e linhas de expressão. Alguns testes clínicos indicaram ainda que a vitamina A é um excelente antioxidante, combatendo os radicais livres, que, juntamente com outros processos, são responsáveis pelo envelhecimento cutâneo.
O retinol é um álcool que pode sofrer modificações químicas e se transformar em uma série de outros compostos, entre eles o palmitato de retinol, o ácido retinóico - que é um ácido - e vários outros. A estrutura básica da molécula, no entanto, não se altera, mantendo as características básicas da vitamina A.
Desta forma, quando usados em cosméticos, o retinol e o palmitato de retinol têm as mesmas funções. A vitamina A e seus derivados são instáveis na presença de oxigênio, luz e calor. Por outro lado, os ésteres (palmitato, por exemplo) são os mais estáveis. Por ser um aldeído, o palmitato resulta em uma formulação mais concentrada e eficaz. No mercado, é possível encontrar uma variedade de produtos à base de palmitato de retinol ou retinol, já que eles estimulam a produção de colágeno e elastina.
Já o ácido retinóico é uma forma oxidada da vitamina A, e seu uso em escala industrial é proibido, ficando restrito aos consultórios médicos. Sua principal função é queratolítica, fazendo com que os queratinócitos no poro percam a coesão, o que impede a hiperqueratose e, consequentemente, a obstrução do poro. Desta forma, não se formam microcomedões e a acne não consegue progredir. Nos casos mais severos de acne, pode ser empregado o tratamento de ácido retinóico via oral.
Apesar da eficácia do ácido retinóico, alguns efeitos colaterais são relatados, como a descamação excessiva e a irritabilidade da pele. Sendo assim, pesquisas a partir do composto foram feitas, na tentativa de encontrar outra molécula que diminuísse a irritabilidade e aumentasse a eficácia do produto. Surgiu então o adapaleno, um retinóide de última geração, mais seletivo, que oferece maior eficácia clínica e menores efeitos colaterais.
*Liane Bender é farmacêutica, bioquímica industrial e professora da Pós-graduação em Cosmetologia e Cosmecêutica aplicada à Estética da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR).
A vitamina A, também conhecida como retinol, já é antiga conhecida da indústria cosmética. Produtos à base desse ativo melhoram a elasticidade da pele amenizando rugas e linhas de expressão. Alguns testes clínicos indicaram ainda que a vitamina A é um excelente antioxidante, combatendo os radicais livres, que, juntamente com outros processos, são responsáveis pelo envelhecimento cutâneo.
O retinol é um álcool que pode sofrer modificações químicas e se transformar em uma série de outros compostos, entre eles o palmitato de retinol, o ácido retinóico - que é um ácido - e vários outros. A estrutura básica da molécula, no entanto, não se altera, mantendo as características básicas da vitamina A.
Desta forma, quando usados em cosméticos, o retinol e o palmitato de retinol têm as mesmas funções. A vitamina A e seus derivados são instáveis na presença de oxigênio, luz e calor. Por outro lado, os ésteres (palmitato, por exemplo) são os mais estáveis. Por ser um aldeído, o palmitato resulta em uma formulação mais concentrada e eficaz. No mercado, é possível encontrar uma variedade de produtos à base de palmitato de retinol ou retinol, já que eles estimulam a produção de colágeno e elastina.
Já o ácido retinóico é uma forma oxidada da vitamina A, e seu uso em escala industrial é proibido, ficando restrito aos consultórios médicos. Sua principal função é queratolítica, fazendo com que os queratinócitos no poro percam a coesão, o que impede a hiperqueratose e, consequentemente, a obstrução do poro. Desta forma, não se formam microcomedões e a acne não consegue progredir. Nos casos mais severos de acne, pode ser empregado o tratamento de ácido retinóico via oral.
Apesar da eficácia do ácido retinóico, alguns efeitos colaterais são relatados, como a descamação excessiva e a irritabilidade da pele. Sendo assim, pesquisas a partir do composto foram feitas, na tentativa de encontrar outra molécula que diminuísse a irritabilidade e aumentasse a eficácia do produto. Surgiu então o adapaleno, um retinóide de última geração, mais seletivo, que oferece maior eficácia clínica e menores efeitos colaterais.
*Liane Bender é farmacêutica, bioquímica industrial e professora da Pós-graduação em Cosmetologia e Cosmecêutica aplicada à Estética da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR).